Que esporte faz bem para a nossa saúde, todo mundo sabe, não é mesmo? Mas, e para o cérebro? Será que pode gerar algum benefício? Atuando no sistema nervoso central das pessoas, o exercício provoca alterações estruturais. O planejamento motor, associado à exercícios físicos, melhora a plasticidade cerebral, que é a capacidade de reorganização de estruturas danificadas por dor ou lesão, como por ex, o AVC. Por isso mesmo, a prática esportiva é indicada na reabilitação de pacientes portadores de doenças degenerativas, como Parkinson e Mal de Alzheimer.
Analisando imagens de ressonância magnética, constataram-se não só as transformações ocorridas, como também desenvolve-se uma metodologia para estudos que objetivem avaliar o volume de substância cinzenta nas regiões cerebrais.
Por exemplo, comparando judocas e corredores, com indivíduos sedentários, os judocas demonstraram aumento de substâncias nas áreas motoras e associativas, que envolvem visão e memória. Algumas áreas vinculadas a planejamento e concentração também tiveram alterações, proporcionando melhora da qualidade de vida.
Já nos corredores, os índices de volume de substância cinzenta aumentaram e reduziram em proporções significativas. Na região temporal, ligada à memória, observou-se maior perda da substância. Em compensação, no cerebelo e na região frontal, áreas motoras, houve um aumento considerável.
As comparações entre os dois grupos de atletas mostraram maior ganho entre os judocas nas regiões do cérebro, cerebelo e pariental. A ciência poderá em breve especificar melhor os esportes voltados para prevenção e melhora de pacientes com doenças que atinjam o sistema nervoso. No entanto, já podemos indicar o Judô para crianças com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), visto que as áreas relacionadas à concentração são mais estimuladas.
Além disso, de acordo com a Dra. Marilene Barbosa Nutricionista, chefe da OMDANDRADE & BARBOSA SAÚDE E NUTRIÇÃO LTDA., sabe-se que quando praticamos exercícios, a endorfina e a seretonina, hormônios considerados analgésicos naturais, reduzem níveis de ansiedade, stress, ajudando inclusive no tratamento de depressões leves.
Veja os alimentos que podem ajudar na saúde do cérebro:
- Ômega-3: funciona como um anti-inflamatório poderoso, favorece a formação de novos neurônios. Fontes: os peixes de águas frias e profundas (salmão, atum, sardinha e arenque), linhaça, quinoa e chia.
- Vitaminas do complexo B: Regulam a transmissão de informações (as sinapses) entre os neurônios. Estão presentes nas sementes e nas fibras dos alimentos integrais, proteínas de origem animal e vegetal.
- Vitamina C: presente em legumes, verduras e frutas, principalmente crus, poderosa ação antioxidante, protege as células de todo o corpo e aumenta a imunidade.
- Vitamina E: Substância antioxidante, presente em todas as sementes, grãos integrais e germens, como também em óleos vegetais prensados a frio.
- Zinco, Selênio, ferro e Fósforo: Participam das atividades neurotransmissoras e mantém o cérebro acordado e ativo, presentes em sementes e grãos integrais, folhas verde escuro, raízes.
- Cafeína: Importante estimulante do sistema nervoso central, tem efeitos positivos como aumento da disposição física, em excesso pode causar danos a memória. Presentes em café, chá mate, chá preto e bebidas de cola
- Colina: Nutriente encontrado na gema do ovo, contribui para a neurogênese que é o processo para o nascimento de novas células nervosas. O ovo é um dos alimentos responsáveis pelo bom funcionamento cerebral.